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O Paço, ou Casa do Paço, destaca-se como a mais imponente casa senhorial da vila de Azambuja e é listado entre as vinte residências mais importantes do reino, de acordo com os registros da época de sua construção pelos Senhores de Azambuja, a ilustre família Rolim de Moura. Originalmente, ostentava uma pedra de armas coroada com a insígnia de conde, atualmente preservada no Museu de Azambuja. A propriedade permaneceu sob domínio da família fundadora até o início do século XVIII, quando mudou de mãos duas vezes antes de ser adquirida pela família Vidal, seus proprietários há quatro gerações.

A estrutura atual é um palacete do século XIX, reconstruído em 1869 sobre as ruínas da edificação original, que remonta ao início do século XIV. Alguns vestígios dessa construção primitiva ainda se conservam, como o forno, as salgadeiras de pedra e o piso de lajes da entrada principal, com algumas pedras numeradas, sugerindo a existência de antigas sepulturas familiares.

O Paço mantém um forte vínculo histórico com a França, não apenas por ter sido propriedade, durante algumas décadas, de uma família francesa de sobrenome Camelier, mas também por ter servido como quartel-general do Marechal Massena, general francês ao serviço de Napoleão Bonaparte, durante as invasões francesas na Guerra Peninsular, em 1810. Este evento marcou a terceira e última campanha de ocupação de Portugal.

Com o seu valor arquitetónico e histórico, o Paço tem um grande potencial para ser transformado num hotel de charme, num espaço de turismo rural ou numa quinta para eventos, oferecendo uma experiência única que combina história e conforto moderno.