Terreno à venda em Palmela

Memória Descritiva e
Justificativa  

  

1. Introdução 

Refere-se a presente
memória descritiva e justificativa ao pedido de autorização do projeto de
construção de um edifício de habitação multifamiliar, a edificar no loteamento
situado na Quinta Do Outeiro, lote 23, da Freguesia e Concelho de Palmela, com
o Alvará de loteamento nº213/1999, que a empresa Sabor
Vertical, S.A. com sede na Avenida Caminhos de Santiago, lote 1 B, R/C, Dir.,
Concelho de Viseu, N.I.P.C. 509042899, pretende edificar no local referido.
 

Assim, o respetivo lote
está descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela, sob o nº 8951 e
inscrito na matriz urbana, sob o artigo 9806 da respetiva freguesia de Palmela. 

Conforme prevê o alvará
de loteamento, a construção a edificar destina-se a um bloco de habitação
multifamiliar, será composto por um piso em cave destinados a estacionamentos
(garagens), rés do chão e três pisos de habitação.

a) “Descrição e
justificação da proposta para a edificação” 

O lote ocupa a uma área
de 305,25m² conforme indicado na planta de síntese
do loteamento, sendo o alçado principal orientado a nascente praceta B, a
poente rua C, a sul lote 23 e a norte lote 21, conforme descrito na certidão.

O presente estudo foi
desenvolvido tendo em conta a articulação entre os elementos horizontais (varandas)
criando uma imagem de conjunto que já foi alvo de estudo especifico, dando
continuidade à representação projetada para os lotes contíguos, desenvolveu-se
o presente estudo, ao qual partiu de um modelo paralelepipédico ao qual foram
acrescentados e subtraídos volumes de modo a obter-se uma arquitetura atual,
adequada à função e enquadrada no local garantindo-se uma integração harmoniosa
no espaço envolvente, foi igualmente tido em conta as condicionantes do
programa base, o plano diretor municipal, o regulamento municipal de
urbanização e edificação, as características do local, a exposição solar e as
restantes condicionantes da legislação em vigor. 

A edificação proposta,
desenvolve-se com um piso em cave destinado a estacionamento (garagens e
arrumos), três pisos de habitação acima da cota de soleira. 

O acesso à cobertura
para manutenção e outras, será feito através de uma sacada localizada na sala
do condomínio ao cimo da comunicação vertical (escadas), conforme peça
desenhada (corte AA). b) “Implantação, arranjos exteriores e acesso”

A
implantação da construção será efectuada de acordo com a planta de localização
e de implantação anexas respeitando alinhamentos e afastamentos definidos no
alvará de loteamento. Será
reposto ou reparado todo o pavimento, bem como qualquer infra-estrutura do
domínio público que eventualmente seja danificada durante a construção. Dado
que a área do lote é a área de implantação não é criado qualquer espaço
ajardinado. O acesso pedonal será pela frente do lote, virado para a praceta e o acesso
automóvel pelas traseiras virado para o arruamento existente do loteamento (rua
c)
“Inserção urbana e paisagística da edificação em especial a sua articulação com
o edificado existente e o espaço público envolvente;” O enquadramento urbano e paisagístico na envolvente, da obra proposta, será
assegurado através da expressão arquitectónica, volumetria, cércea e materiais
de revestimento e implantação conforme o polígono definido no loteamento. d)“Adequação às infra-estruturas e redes existentes;” Inserindo-se o lote de terreno num loteamento servido e equipado com as redes de
infra-estruturas urbanas básicas, encontrar-se-ão asseguradas a sua ligação à
edificação, bem como a ligação à rede viária existente. e) “Área de construção,
volumetria, área de implantação, cércea e número de pisos acima e abaixo da
cota de soleira e número de fogos;”

Área bruta de construção (Habitação) 1 208.00m2

Volumetria 3 659.90m3

Área de implantação (lote) 305.25m2

Cércea 12.11m

Número de pisos acima da cota soleira 3

Número de pisos abaixo da cota soleira 1

Número de fogos 8

Tipologia T3

f)“Tipologias e utilização por piso;”

Pisos e Utilização Tipologia Área

Cave Estacionamento Garagens 297,00 m2

Rés do chão - Habitação

2 T3 295.85m2

1º Piso- Habitação

2 T3 304.05m2

2º Piso- Habitação

2 T3 304.05m2

3º Piso - Habitação

2 T3 304.05m2

Total 8 Fogos 1 505.00m2

2-Disposições construtivas

A estrutura resistente
do edifício será de betão armado. O pavimento do piso térreo ao nível da cave será
em massame de betão sobre enrocamento de pedra, devidamente isolado e
impermeabilizado. Os restantes pavimentos e tectos, serão em laje maciça de
betão armado, ou outra que se venha a tornar mais conveniente a definir com o projeto
da especialidade. 

A cobertura será aplicada
sobre a laje, assente em estrutura metálica ou outra com inclinações aproximada
de 30%, revestida a telha cerâmica de barro vermelho. 

As paredes exteriores
serão em alvenaria de tijolo furado, assentes com argamassa de cimento e areia
ao traço 1:4, constituídas por parede dupla, no mínimo (30x20x11+30x20x15). As
paredes interiores em alvenaria de tijolo furado (30x20x11), assentes com argamassa
de cimento e areia ao traço 1:4. 

Estes elementos serão
executados de tal forma que se garanta uma adequada classe de resistência ao
fogo e comportamento térmico e acústico regulamentar, cujo cálculo e pormenores
de execução farão parte dos projetos de especialidade.

3-Acabamentos e revestimento

a)Paredes 

As paredes exteriores serão
revestidas ao nível do rés do chão e da cave com pedra do tipo lioz bujardada a
pico fino com as dimensões de 0,60x0,35. 

As paredes exteriores ao
nível dos pisos intermédios serão rebocadas com argamassa de cimento e areia ao
traço 1:4, e pintadas a três demãos de tinta texturada de cor branca RAL 9016 e
revestida, conforme os alçados.

As paredes exteriores do
último piso serão revestidas a plaquetas de barro vermelho devidamente
hidrófugada. 

As paredes interiores
serão rebocadas, estucadas e pintadas a três demãos de tinta de água sobre base
isolante e anti-fungo. As das instalações sanitárias e cozinhas levarão um
lambrim de azulejo decorativo até à altura mínima de 2,05m. 

b) Tetos e pavimentos 

Todos os tecos interiores
serão em placas de gesso laminado tipo knauf ou equivalente e nas zonas húmidas
será de material hidrófugo resistente à presença de humidades, devidamente
estucadas conforme indicações do fornecedor para posterior pintura a tinta de
água sobre base isolante e anti-fungo, excepto os das varandas que serão
rebocados esboçados e pintados a três demãos de tinta de água.

Os pavimentos das salas,
cozinhas, instalações sanitárias, corredores e varandas serão em tijoleira
cerâmica de características anti-derrapantes. O pavimento dos quartos será
revestido a parquet de madeira exótica devidamente assente e envernizada a verniz
celuloso. Todos os rodapés a aplicar serão dos mesmos materiais. 

4-Carpintarias 

Todos os vãos interiores
serão guarnecidos e constituídos por aros de madeira maciça exótica e portas,
folheadas a faia ou outra, devidamente envernizadas e aplicadas ferragens de
latão. Os roupeiros serão em estrutura de madeira maciça e portas folheadas a faia
ou outra, equipados com gavetas, prateleiras e maleiro. Todas as carpintarias
serão equipadas de ferragens, dobradiças e puxadores de latão à cor natural. A cozinha será equipada
com móveis inferiores e superiores executados em estrutura de madeira maciça,
portas almofadadas, gavetas e prateleiras. Sobre os armários inferiores será
aplicada bancada em pedra mármore polido ou similar, a qual levará lava-loiça
de aço inox de duas pias encastrado. A profundidade destes móveis deverá ser de
0,70m, de forma a permitir a utilização de eletrodomésticos de encastrar. 5-Serralharias e cantarias

Todos os vãos em paredes
exteriores serão guarnecidos em alumínio anodizado à cor castanho e vidro duplo
liso incolor. Serão protegidos por estores de plástico de cor clara, ou
similar. 

Os gradeamentos serão em
estrutura de aço inox AISI 316, guarnecidos com vidro temperado laminado fosco
(bronze).

A tardoz do edifício na
proteção da varanda com estendais será aplicado estrutura em grelhas em
alumínio anodizado à cor castanho. 

As cantarias a aplicar
em soleiras, peitoris e capeamentos, serão em pedra calcária do tipo lioz
amaciado.

6-Equipamento 

As instalações
sanitárias serão equipadas com todas as louças e dispositivos de utilização
indicados em projeto. Na cozinha serão
aplicados armários inferiores e superiores (executados em madeira exótica
maciça).

Sobre os armários
inferiores será aplicada bancada em pedra de mármore polido ou similar e
encastrado lava-loiça inox de duas pias e escorredor. 

Sobre o fogão e
esquentador, para evacuação de fumos e vapores será colocado capta fumos
executado em material resistente ao calor e ao fogo. 

7-Diversos 

7.1- Rede de água, esgotos e de gás 

Serão executadas de acordo com os respectivos projectos e ligarão às respetivas redes
gerais. 

7.2 -Rede elétrica e telefónica 

Serão igualmente executadas de acordo com os respectivos projectos e ligarão às redes
respetivas. 

7.3 – Outras especialidades não especificadas 

A instalação de outras infraestruturas não obrigatórias, tais como seja a instalação de
sistema de aquecimento central; sistema de ar condicionado; sistema de
aspiração central; sistema automático de detecção de incêndio, sistema
automático de detecção de intrusão; sistema áudio; rede informática ou outras,
caso venham a ser instalados no edifício, serão objecto de apresentação de
traçados e lista de especificações técnicas a submeter à aprovação do dono de
obra e ao respetivo diretor técnico. 

7.3.1 – Aproveitamento de energias renováveis 

Porque a maioria dos estudos apontam para a necessidade de reduzir os consumos de electricidade e de combustíveis fósseis (gás, petróleo, carvão...) responsáveis em grande parte pela degradação da qualidade do ambiente, sugere-se que seja ponderada a
utilização de outras fontes de energia alternativas e renováveis, ainda que em
regime integrado, sendo de momento, a mais divulgada e de mais fácil instalação,
a energia solar.

As soluções com painéis solares permitem a criação de sistemas integrados para: 

Aquecimento de águas
sanitárias; Aquecimento central e aquecimento de piscinas interiores ou
exteriores, soluções que segundo os especialistas poderão garantir uma
autonomia energética superior a 50%.

7.4- Segurança contra risco de incêndio 

a) Critérios gerais de segurança O edifício é servido por
ampla via pública com faixa de rodagem de 8,00m de largura, sendo o acesso de
viaturas à propriedade directo a partir desta via. Trata-se de um edifício de quatro
pisos de habitação interligados com dois pisos em cave para garagem e arrumos,
através de escada interior protegida por portas da classe de resistência ao
fogo CF30, foi concebido e será construído de forma a respeitar os critérios de
segurança constantes da legislação em vigor, nomeadamente: - Compartimentação
estabelecida de modo que, em caso de incêndio, os residentes não fiquem
privados de saída para o exterior. - Elementos de construção com resistência ao fogo suficiente para minimizar o risco de colapso
do edifício durante a evacuação das pessoas e operações de combate ao incêndio. - Constituição da envolvente e disposição dos vãos abertos, condicionados de modo a limitar o risco de propagação do fogo entre pisos e entre o edifício e os edifícios vizinhos.

- Edifício é servido por
vias que permitem o acesso das viaturas dos bombeiros à sua proximidade e
disponibilidade de água para extinção de incêndios nas suas imediações. 

a.1) Elementos de construção   

a.1.1) Elementos estruturais  

- Os elementos estruturais apenas com a função de suporte, serão no mínimo da classe de
resistência ao fogo EF30 (caso de vigas e pilares) e os elementos estruturais
com a função de suporte e compartimentação serão da classe de resistência ao
fogo não inferior a CF30 (caso de lajes paredes). 

a.1.2) Elementos exteriores 

- O revestimento externo
das paredes exteriores, as caixilharias das janelas e os elementos de
cerramento dos vãos (portas e portadas) serão construídos com materiais da
classe de reacção ao fogo M3 pelo menos. 

Todos os vãos praticados
nas paredes exteriores, que confrontam com terrenos vizinhos, distam no mínimo
3m do limite de propriedade.

a.1.3) Cobertura  

O revestimento externo
da cobertura será realizado com materiais da classe de reacção ao fogo M3, no
mínimo. As partes de cobertura ou corpos salientes situados abaixo dos vãos
previstos, deverão ser da classe de reacção ao fogo M0, numa extensão de 3m no
mínimo, a partir da parede 

Quando a cobertura for
constituída por laje, esta deverá ser da classe de resistência ao fogo PC30, no
mínimo. Nos casos de cobertura em forma de telhado, os elementos estruturais da
cobertura, deverão ser construídos com materiais da classe de reacção ao fogo
M0.

a.1.4) Escadas interiores 

As
escadas interiores, terão lanços rectos e de inclinação não superior a 78%
(38º) e o número mínimo de degraus por lanço será de 3 espelhos. As escadas deverão ser construídas com materiais da classe de reação ao fogo M0 a.2) Revestimentos das paredes O revestimento externo das paredes exteriores, as caixilharias das janelas e os
elementos de cerramento dos vãos (portas e portadas) serão construídos com
materiais da classe de reação ao fogo M3.

Os revestimentos das paredes interiores e o revestimento interno das paredes
exteriores serão da classe de reacção ao fogo M3.

b) Instalações

b.1) Instalações
Eléctricas e de gás 

As instalações eléctricas serão realizadas de acordo com a regulamentação de
segurança em vigor para estas instalações. 

A instalação de gás será efectuada por técnico credenciado, de acordo com o
projecto de gás. Os aparelhos de queima serão instalados em conformidade com as
disposições legais existentes nesta matéria. A instalação será verificada,
periodicamente, por técnicos devidamente habilitados e remodelada quando
necessário. c) Facilidade para
intervenção dos bombeiros 

O edifício integra-se numa área consolidada de edifícios de habitação, devidamente equipada de infra-estruturas. Encontrando-se garantidas as condições de acesso, através de
vias que permitem a aproximação e o estacionamento das viaturas dos bombeiros a
uma distância do edifício inferior a 30m.

d) Atribuição de classes  

A atribuição de classe de reacção ao fogo, dos materiais anteriormente
mencionados, será efectuada com base na especificação E365-1990, publicada pelo
LNEC. A atribuição de classe de resistência ao fogo dos elementos de construção será
efectuada com base com base no disposto na especificação E-364-1990, publicada
pelo LNEC. Em tudo quanto for omisso na presente memória descritiva e justificativa,
proceder-se-á de acordo com as boas regras de construção, normas legais e
legislação em vigor.

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